Uma ave alucinada
nasce debaixo de mim
As pontas de suas asas
sobre meus ombros se fincam
enquanto o ventre já parte
para a viagem mais íntima
Negros lenços se desfazem
Túnicas brancas se pisam
Nesta abóbada encarnada
a saliva sabe a sangue
Gemendo moves as asas
Mas sou eu quem vai voando
David MF
Sem comentários:
Enviar um comentário