DOÍA-LHE O CORPO, LANCEADA
Doía-lhe o corpo, lanceada.
Aquele sangue
do sacrifício escorrente.
Era assim: gruta aquosa,
carnais estalactites,
uma vibrátil glande,
assetinado, fundo
pocinho que transbordava
ôndulas de volúpia,
onda marinheira
na saca e ressaca;
nele, espasmos,
um moribundo imitante.
Despojada de sua dívida,
o mundo e eles, gratos.
António Osório
Sem comentários:
Enviar um comentário