TRÊS PEDRAS NA MÃO
Três pedras na mão:
uma branca, uma azul, outra amarela.
As superstições da minha noite branca de centauro
azuis como o cheiro da terra
amarelas como a curva quente do teu ventre,
o silêncio telúrico a penetrar nas veias
no tropel do vento erguendo-se a esperança
mosto do tempo
já noite puída, feculenta
que guardo entre as páginas do breviário
onde registo os perfis minuciosos
do teu frondoso amor.
Três pedras na mão:
uma branca, outra negra, outra vermelha.
Fernando Alves dos Santos
1928.1992
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