I. a penumbra das rosas
na biblioteca flutuam as obscuras
zonas de sombra,
a luz morosa das águas
distantes no crepúsculo.
há um vaso de rosas:
as roas são a razão oscilante na penumbra
fluída das páginas.
o saber vai murchar silenciosamente
misturando a cinza desencontrada
de umas coisas e outras.
procuro encontrar um andamento calmo
para falar destas coisas, é quase noite e
a paisagem esfuma-se.
vou-me alheando das horas, das alheias
palavras que esmorecem
in O CONCERTO CAMPESTRE :: vasco graça moura
Sem comentários:
Enviar um comentário