assim foi meus caros bloguistas (que diga-se, em boa verdade, são muito mais do que cinco...)
que orgulho e "vaidade" dizer: ontem foi dia de homenagem!!!! O poeta Vasco Graça Moura disse e disse e voltou a dizer... O homenageado, homenageou as artes lendo alguns dos seus textos! Magnífica a entrega à leitura dos poemas (sem vaidade desmedida mas um imenso orgulho por estar e apresentar, testemunhos da cumplicidade entre a escrita e as outras artes. Magnífico!!! Bem haja pelo extraordinário serão.
Verdadeiro deleite para os leais seguidores do programa "a poesia está na rua" e para os outros, que se estrearam nestas andanças.
Deixo, aqui, um dos textos que ainda paira na atmosfera...
em cada verso insinuo
em cada verso insinuo
um metal, uma rasura,
uma voz, uma figura,
um avanço e um recuo,
um disparo, a ganga impura
de alegria, raiva, amuo,
ou da irónica amargura
de medir a arquitectura
das luas que não possuo,
e a razão, fria impostura
da romântica aventura.
junto o mais que não excluo,
dia a dia, e que perdura
a estalar o que construo.
in Poesia 1997/2000 de Vasco Graça Moura
sábado, 31 de março de 2012
quinta-feira, 29 de março de 2012
é um "post" a lembrar o evento de amanhã e um encontro com dois poetas de eleição (dizemos nós e dizemos bem...)
O som do silêncio
Devagar, como se tivesse todo o tempo do dia,
descasco a laranja que o sol me pôs pela frente. É
o tempo do silêncio, digo, e ouço as palavras
que saem de dentro dele, e me dizem que
o poema é feito de muitos silêncios,
colados como os gomos da laranja que
descasco. E quando levanto o fruto à altura
dos olhos, e o ponho contra o céu, ouço
os versos soltos de todos os silêncios
entrarem no poema, como se os versos
fossem como os gomos que tirei de dentro
da laranja, deixando-a pronta para o poema
que nasce quando o silêncio sai de dentro dela.
Nuno Júdice
O que diz o rato
Tenho um destino. Nasci
para roer o silêncio - e vou roê-lo
metodicamente
até que um dia se invertam os papéis
e seja o silêncio a roer-me a mim.
A. M. Pires Cabral
nós estamos...
o poeta Vasco Graça Moura também
a poesia iden
e mais ainda... todos os que desejarem passar um bom serão!
quarta-feira, 28 de março de 2012
divagações #01
o "RESUMO a poesia em 2011" livro editado pela FNAC e pela DOCUMENTA e cuja receita reverte totalmente para a AMI / Info Exclusão, apresenta textos do poeta A. M. Pires Cabral (entre outros e outras).
Fazemos referência a esta publicação pelas mais variadas razões.
A saber:
// da seleção (poemas escolhidos) surge o "nosso" poeta homenageado A. M. Pires Cabral (na edição 2009)
// por reunir vários poetas
// pelo preço (acessível)
// pelo destino das receitas
Julgamos serem razões válidas para ir à sua procura...
Aproveitando a "deixa" recordo o nosso quarto (humores) e quinto (beija-me) caderno de poesia, com sessão de apresentação já agendada: dia 21 de abril pelas 17:00h na casa da galeria (próximo da data daremos conta de outras informações complementares)
Fazemos referência a esta publicação pelas mais variadas razões.
A saber:
// da seleção (poemas escolhidos) surge o "nosso" poeta homenageado A. M. Pires Cabral (na edição 2009)
// por reunir vários poetas
// pelo preço (acessível)
// pelo destino das receitas
Julgamos serem razões válidas para ir à sua procura...
Aproveitando a "deixa" recordo o nosso quarto (humores) e quinto (beija-me) caderno de poesia, com sessão de apresentação já agendada: dia 21 de abril pelas 17:00h na casa da galeria (próximo da data daremos conta de outras informações complementares)
hoje às 16H00 no auditório da biblioteca municipal - DOCUMENTÁRIO sobre o escultor e diretor artístico do miec - Alberto Carneiro
entrada livre
entrada livre
entrada livre
entrada livre
entrada livre
terça-feira, 27 de março de 2012
quisera estar onde não estou... quisera amar e não pude... só a poesia me serve e me cobre de fantasia!!
do poeta que em breve estará em santo tirso e galanteia a edição "mãos à obra"...
XIV. experiência do sono
o mundo envelhecera
e nada era indiferente
agora ou antes.
mas a experiência
pesava-lhes na alma
e tinham sono.
na biblioteca
flutuam folheadas
obscuras aguarelas.
in O Concerto Campestre
Vasco Graça Moura será homenageado pela CMST nesta edição, no próximo dia 30 no salão nobre dos paços do concelho pelas 21H00.
ENTRADA LIVRE
"mãos à obra" é poesia e é desse modo que será recebida/o...
XIV. experiência do sono
o mundo envelhecera
e nada era indiferente
agora ou antes.
mas a experiência
pesava-lhes na alma
e tinham sono.
na biblioteca
flutuam folheadas
obscuras aguarelas.
in O Concerto Campestre
Vasco Graça Moura será homenageado pela CMST nesta edição, no próximo dia 30 no salão nobre dos paços do concelho pelas 21H00.
ENTRADA LIVRE
"mãos à obra" é poesia e é desse modo que será recebida/o...
sexta-feira, 23 de março de 2012
..apetece merendar com as palavras e colher os raios de sol numa manta de cetim
hoje passa o filme...
passa na biblioteca...
o realizador João Botelho está presente...
a escultura de jack varnarsky. o "livro do desassossego" também...
visitem...
assistam ao filme...
e assim se faz...
e assim se pensa...
e assim se diz...
"mãos à obra"
passa na biblioteca...
o realizador João Botelho está presente...
a escultura de jack varnarsky. o "livro do desassossego" também...
visitem...
assistam ao filme...
e assim se faz...
e assim se pensa...
e assim se diz...
"mãos à obra"
quinta-feira, 22 de março de 2012
imagens + palavras = poesia... hoje na biblioteca municipal 21:00h
I. a penumbra das rosas
na biblioteca flutuam as obscuras
zonas de sombra,
a luz morosa das águas
distantes no crepúsculo.
há um vaso de rosas:
as roas são a razão oscilante na penumbra
fluída das páginas.
o saber vai murchar silenciosamente
misturando a cinza desencontrada
de umas coisas e outras.
procuro encontrar um andamento calmo
para falar destas coisas, é quase noite e
a paisagem esfuma-se.
vou-me alheando das horas, das alheias
palavras que esmorecem
in O CONCERTO CAMPESTRE :: vasco graça moura
na biblioteca flutuam as obscuras
zonas de sombra,
a luz morosa das águas
distantes no crepúsculo.
há um vaso de rosas:
as roas são a razão oscilante na penumbra
fluída das páginas.
o saber vai murchar silenciosamente
misturando a cinza desencontrada
de umas coisas e outras.
procuro encontrar um andamento calmo
para falar destas coisas, é quase noite e
a paisagem esfuma-se.
vou-me alheando das horas, das alheias
palavras que esmorecem
in O CONCERTO CAMPESTRE :: vasco graça moura
quarta-feira, 21 de março de 2012
para os poetas... para os que amam a poesia... VIVA
HOJE É O DIA:::!!!!!!!!
de Vasco Graça Moura, o nosso poeta de "mãos à obra"...
X.num parque, à contra-luz
houve pintores do porto
que inventaram assim
para seu uso o porto,
as suas sombras negras e douradas
pertencem-lhes.
eu sei perfeitamente
qual a renda das copas que me interessa,
num parque, à contra-luz,
quais
os reflexos da pedra
e do vidro,
ou o talhe
das cantarias numa fachada,
qual
o baloiçar ronceiro de um carro eléctrico
zumbindo numa subida,
qual
a moldura de uma ponte
a enquadrar a golfada do rio,
qual
o percurso de um passeio
moroso ao escurecer,
mas sei-o como efeito de estilo,
questão de prosa
ou de poesia trabalhada,
de ironia, de uma pobre
ironia biográfica
in O CONCERTO CAMPESTRE
de Vasco Graça Moura, o nosso poeta de "mãos à obra"...
X.num parque, à contra-luz
houve pintores do porto
que inventaram assim
para seu uso o porto,
as suas sombras negras e douradas
pertencem-lhes.
eu sei perfeitamente
qual a renda das copas que me interessa,
num parque, à contra-luz,
quais
os reflexos da pedra
e do vidro,
ou o talhe
das cantarias numa fachada,
qual
o baloiçar ronceiro de um carro eléctrico
zumbindo numa subida,
qual
a moldura de uma ponte
a enquadrar a golfada do rio,
qual
o percurso de um passeio
moroso ao escurecer,
mas sei-o como efeito de estilo,
questão de prosa
ou de poesia trabalhada,
de ironia, de uma pobre
ironia biográfica
in O CONCERTO CAMPESTRE
terça-feira, 20 de março de 2012
sobre a edição 2012 "mãos à obra"...
...para os interessados está disponível no Jornal "As Artes entre as Letras", de 14 de março do corrente ano (nº70) uma grande entrevista à vereadora da cultura da câmara municipal, sobre a edição "mãos à obra".
p.s. o jornal pode ser adquirido nos quiosques e tem um custo de 2 euros
p.s. o jornal pode ser adquirido nos quiosques e tem um custo de 2 euros
...já faltam menos de 24HORAS
de megafone na mão anunciamos:
"a poesia está na rua" está a 1 dia de se apresentar na sua nova "moldura"...
o programa vai ficar disponível aqui e poderá ser consultado no balcão de informações da câmara municipal (em suporte papel).
"mãos à obra" que o dia é certo e a poesia também!!!
"a poesia está na rua" está a 1 dia de se apresentar na sua nova "moldura"...
o programa vai ficar disponível aqui e poderá ser consultado no balcão de informações da câmara municipal (em suporte papel).
"mãos à obra" que o dia é certo e a poesia também!!!
quarta-feira, 7 de março de 2012
partilhamos, pelo simples prazer da partilha... #03
“Não é por palavras
que sentimos a musica,
a poesia e a arte em geral”
autor desconhecido
terça-feira, 6 de março de 2012
partilhamos, pelo simples prazer da partilha... #02
A palavra viva possui uma alma da qual a palavra escrita não é mais do que uma imagem.
partilhamos, pelo simples prazer da partilha... #01
«POR BELEZA DAS FORMAS, NÃO ME PROPONHO INDICAR AQUELA QUE OS DEMAIS POSSAM JULGAR, ISTO É, AQUELA, POR EXEMPLO, DE ESTAR VIVO, OU A DE CERTAS PINTURAS; MAS REFIRO-ME A QUALQUER COISA DE RETILÍNEO E DE CIRCULAR E ÀS FIGURAS PLANAS E SÓLIDAS QUE SÃO GERADAS POR MEIO DA ROTAÇÃO QUER DE RÉGUAS, QUER DE ESQUADROS, SE ME FAÇO ENTENDER, E ESTAS NÃO DIGO QUE SEJAM BELAS RELATIVAMENTE A ALGO, MAS QUE POR NATUREZA E POR SI PRÓPRIAS SÃO BELAS E CONTEEM EM SI CERTOS PRAZERES PRÓPRIOS QUE NADA TEEM A VER COM OS PRAZERES PROVOCADOS POR ESTÍMULOS.»
PLATÃO
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